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Sobre terrorismo, poesia e mentiras

O terrorismo é o último recurso dos desesperados. Quando o vilão desesperança é maior que a dama expectativa e não existe mais a probabilidade de sonhar o recurso é a loucura ou o suicídio.

Um ato de terrorismo seria uma tática política com uso de violência em tempos de paz, feridade física ou psicológica contra a ordem estabelecida, de modo que o arrasamento psicológico ultrapasse vastamente o círculo das vítimas, para incluir o resto da população do território. Seria então uma luta de indivíduos ou grupos políticos contra um governo, chegando a atacar a população que o legitimou.

Aceitar que este ser (o terrorista) seja simplesmente um louco sádico em sanha e sede por sangue, é esquecer-se de analisar o mundo e as condições históricas, sociais, em que ele está inserido. É não ver um mundo em que o preto e o branco se mesclam e misturam – aonde o maniqueísmo de heróis e vilões sorri como o comercial de instituição bancaria ou de margarina, que passa entre os blocos da novela das oito. É sempre importante pilotar a própria mente.

Neste particular, teria a propriedade poética de um grito de um faminto. Mas de qual fome se fala? Qual o apetite, quem é o fominha ou o mesquinho? A fome de liberdade pode ser enganada com pão e circo, mas mesmo assim não a matam. O terror não é o oposto da democracia, não é antônimo de liberdade, mas foi em verdade a arma utilizada por muitos povos para alcançá-la. O terrorismo precisa de tiranos que impeçam mudanças que a massa grita ao imaginar. O Terrorismo assim seria filho da violência com a opressão, e existiria enquanto seus pais viverem; seria irmão da guerrilha e da revolução. Emitiria um constante choro para que seus irmãos acabem com o seu sofrimento.

A problemática consiste nos fascistas às avessas, que se apropriam da verdade para utilizá-la a seu interesse, libidinagem e luxúria. O terrorista para o alienado político é um vilão perigoso, pronto para ludibriar jovens sonhadores, levá-los ao mau caminho. É tática atual na presente campanha presidencial atribuir a quem lutou contra a ditadura o rótulo de terrorista, apesar do fato de quem atacou o povo foram os próprios militares, através de censura, tortura, ou carros com explosivos no Riocentro.

Não convém analisar o mérito de qual é o problema, aonde está a causa, qual são os objetivos e quais são os efeitos.

Não, os fascistas às avessas não possuem vergonha ao publicar fichas falsas de institutos de repressão na primeira página de seus jornais, nem mesmo a ambição de desnudar o demônio chamado terrorismo de estado, situação de ultra-violência aonde os jornais tinham um faturamento e importância deveras maior que na atualidade. Eles se comportam como meninos mimados longe de seus brinquedos.

Na atual campanha, eles em desespero distorcem pesquisas de intenção de votos, e inclusive fazem uso destas para preparar o último recurso para chegar ao poder: Já que não é possível desmerecer o trabalho da candidata Dilma Rousseff, sua competência e qualidades, resta a mentira de que ela é uma comunista sanguinária, enquanto ela lutava pela democracia. Não obstante, o Presidente Lula ao comparar Dilma Rousseff com Nelson Mandela acertou em cheio. Os poderosos desde sempre utilizam o rótulo de “terrorismo” para desqualificar as lutas populares. Os EUA caracterizavam Nelson Mandela como terrorista ainda em 2008, nove anos depois que Mandela havia concluído sua presidência na África do Sul. Os fascistas às avessas não sentem vergonha ao mentir.


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